Para empresários e gestores, compreender as nuances entre a margem bruta, líquida, de contribuição e EBITDA é essencial para avaliar de forma precisa a eficiência operacional e a lucratividade de uma empresa.
Afinal, cada um desses indicadores financeiros oferecem uma perspectiva única sobre a saúde financeira, abordando diferentes aspectos de suas operações.
Neste guia, vamos explorar detalhadamente cada uma dessas margens, fornecendo definições claras, métodos de cálculo e a sua importância na análise financeira empresarial. Faça uma ótima leitura!
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Diferença entre margem Bruta, líquida, de custos e EBITDA
Para compreender a diferença entre estes indicadores, precisamos nos aprofundar um pouco mais e ver mais de perto como funciona cada um deles. Veja:
Margem Bruta
A margem bruta (MB) é uma métrica financeira essencial para avaliar a eficiência operacional, independentemente do setor em que atua. Ela é calculada pela seguinte fórmula:
MB = (Lucro Bruto/ Receita Total) x 100
Essencialmente, a margem bruta reflete o lucro obtido a partir da receita total, após deduzir apenas os custos diretos relacionados à produção ou prestação de serviços.
Isso inclui o custo dos produtos vendidos (CPV) para varejo, ou os custos operacionais diretos para empresas de serviços.
Para exemplificar, considere uma empresa de consultoria que presta serviços a clientes. Se ela teve uma receita total de R$20.000 em um mês e seus custos operacionais diretos, como salários dos funcionários e despesas com materiais de escritório, totalizaram R$5.000, o lucro bruto seria de R$15.000. Utilizando a fórmula da margem bruta:
MB = (15.000/20.000) x 100 = 75
Isso significa que o negócio obteve uma margem bruta de 75%. Sendo assim, 0,75 centavos de cada real de receita se converteu em lucro bruto após deduzir apenas os custos operacionais diretos.
Quanto maior for a margem bruta, maior será o lucro bruto em relação à receita total, o que é um indicativo positivo para a saúde financeira do negócio.
Margem Líquida
A margem líquida (ML) é uma medida-chave da rentabilidade de uma empresa, indicando a porcentagem de lucro líquido obtido em relação à receita total. Sua fórmula é:
ML = (Lucro Líquido/Receita Total) x 100
Ao contrário da margem bruta, que leva em consideração apenas os custos diretos de produção ou prestação de serviços, a margem líquida reflete o lucro líquido após a dedução de todos os custos e despesas, incluindo impostos, juros e despesas operacionais.
Por exemplo, considere um comércio varejista que teve uma receita total de R$50.000 em um mês. Após deduzir todos os custos e despesas, incluindo salários dos funcionários, aluguel da loja, impostos e juros sobre empréstimos, o lucro líquido foi de R$10.000. Utilizando a fórmula da margem líquida:
ML = (10.000/50.000) x 100 = 20
Isso significa que a empresa obteve uma margem líquida de 20%, ou seja, 0,20 centavos de cada real de receita se converteu em lucro líquido após a dedução de todas as despesas.
Organizações que possuem margens líquidas consistentemente altas tendem a ser mais resilientes em face de desafios econômicos e têm maior capacidade de reinvestir em seu crescimento e expansão.
Margem de Contribuição
A margem de contribuição representa a diferença entre o preço de venda de um produto ou serviço e os custos variáveis associados à sua produção ou prestação.
A fórmula para calcular a margem de contribuição é:
Margem de Contribuição = (Receita Total – Custos e Despesas Variáveis) / Receita Total x 100
Essa métrica oferece uma visão clara da eficácia na gestão dos custos variáveis de uma empresa, mostrando quanto da receita total está disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
Por exemplo, se um comércio varejista teve uma receita total de R$25.000 em um determinado período e seus custos e despesas variáveis foram de R$19.000, utilizando a fórmula da margem de contribuição:
Margem de Contribuição = (25.000 – 19.000) / 25.000 x 100 = 24
Isso indica que a empresa possui uma margem de contribuição de 24%. Portanto, 0,24 centavos a cada real gerado está disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
Para empresas de serviços, a margem de contribuição pode ser calculada de maneira semelhante, considerando os custos variáveis associados à prestação de serviços.
Essa métrica é essencial para a tomada de decisões estratégicas, pois ajuda os gestores a entenderem a viabilidade financeira de suas operações e a identificar oportunidades de melhoria na rentabilidade.
EBITDA
O EBITDA, assim como a margem bruta, líquida e de custos é uma medida fundamental na análise financeira de uma empresa, representando sua capacidade de geração de caixa a partir de suas operações principais. A fórmula para calcular o EBITDA é:
EBITDA = Receita total – Custos Totais (excluindo juros, impostos, depreciação e amortização)
Essa métrica oferece uma visão mais abrangente da rentabilidade operacional, pois exclui despesas não relacionadas à sua operação principal.
Por exemplo, imagine uma empresa que teve uma receita total de R$20.000 em um determinado período. Seus custos totais, excluindo juros, impostos, depreciação e amortização resultam em R$10.000. Utilizando a fórmula do EBITDA:
EBITDA= 20.000 – 10.000 = 10.000
Logo, o EBITDA é de R$10.000, representando a quantidade de caixa gerada pelas operações principais da organização antes de considerar juros, impostos, depreciação e amortização.
Pronto! Agora você entende a diferença entre estes indicadores:
- Margem bruta: indica a rentabilidade das vendas, excluindo despesas operacionais.
- Margem líquida: indica a rentabilidade líquida das vendas, após deduzir todos os custos e despesas.
- Margem de contribuição: indica a margem disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro.
- EBITDA: indica a geração de caixa operacional da empresa, excluindo despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização.
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